sábado, maio 12, 2012

18 de Maio - Dia da Luta Antimanicomial


17 comentários:

  1. Pessoas, não podemos admitir a censura ao livro Toxicomanias incidências clinicas e socioantropológicas de autores que são referências nesse campo. A censura ao livro fruto de uma matéria sensacionalista de O DIA é um fato grave e atenta contra a liberdade de expressão e de pensamento. Espero que o link do livro volte para ese blog.

    ResponderExcluir
  2. Todo Apoio e Solidariedade a equipe de Trabalhadores da Saúde Mental, Crack, Álcool e outras drogas da Coordenação Municipal de Saúde Mental da SMSDC-RJ, por fazerem instituir os modos de tratamento, cuidado e atenção aos usuários de crack, álcool e outras drogas na cidade do Rio de Janeiro, frente a escassez, a redução de recursos, a timidez da ampliação da rede psicossocial para o campo da saúde mental, crack, álcool e outras drogas.
    Abs,
    Prof. Marco José Duarte
    NEPS/UERJ
    http://saudementalnauerj.blogspot.com.br/2012/05/sem-drogas-obscurantismos-e.html

    ResponderExcluir
  3. Li com preocupação a matéria de capa de hoje no DIA sobre a política para a maconha e outras drogas. Considero a matéria superficial ao abordar de forma descontextualizada assunto tão complexo e de tanta relevância. A superficialidade se manifesta por julgamentos precipitados ao afirmar equivocadamente que a secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro sugere o plantio da maconha ou que os CAPS recomendam a seus pacientes que “mudem de droga” ao invés de parar de usá-las. As afirmações enganosas desconhecem a seriedade do trabalho da Secretaria Municipal de Saúde e o cuidado e ponderação com que os profissionais dos CAPS tratam seus pacientes. Não compreendo com base em que fatos tais afirmações são inseridas na matéria, mas temo por uma compreensão simplista e alarmista da questão. Enviei este mm email ao site do referido jornal.

    Marcelo Santos Cruz
    Coordenador do Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro
    PROJAD-IPUB/UFRJ

    ResponderExcluir
  4. Dênis Petuco escreveu no Facebook: "Kamaradas: o jornal "O Dia", do Rio de Janeiro, acaba de postar uma matéria que fica num misto entre a desinformação e a má fé. Em um artigo entitulado "Saúde defenda a maconha", o jornal aforma que a Coordenação Municipal de Saúde Mental do Rio de Janeiro incentiva o uso de maconha. Para dizer tamanha asneira, o jornaleco em questão pinça um link postado no blog da coordenação, que nos direciona para o ótimo livro organizado por Antônio Neri, "Toxicomanias: incidências clínicas e socioantropológicas" (pode ser visto na íntegra neste link: http://books.scielo.org/id/qk). De modo totalmente inconsistente, à moda da imprensa mais marrom que se possa conhecer, o jornalzinho distorce trechos do livro para jogar lama no trabalho realizado pelo pessoal da coordenação.

    O fato é que o Blog da Coordenação de Saúde Saude Mental Rio oferece uma grande quantidade de materiais de altíssima qualidade, dentre os quais figura o livro organizado pelo Antônio Neri. Para desferir seu ataque descerebrado, o jornaleco "O Dia" não pensa duas vezes em atacar um dos especialistas mais respeitados do Brasil, no que tange aos estudos e ao trabalho direto no cuidado de pessoas que usam drogas. O livro em questão, tratado pelo jornalzinho como um mero panfleto pró-legalização da maconha, traz uma série de artigos extremamente importantes para a reflexão sobre o tema das drogas, a partir de instrumentais teóricos e metodológicas das ciências humanas e sociais. Trata-se de um livro extremamente importante para as pessoas que se dedicam ao tema, e a Coordenação de Sáude Mental do Rio de Janeiro está de parabéns por ter disponilizado este material aos visitantes de seu blog."

    ResponderExcluir
  5. Indignação sobre a materia , feita pelo Jornal O Dia, descabida, sem seriedade e sem conhecimento tanto dos trabalhos feitos pela CSM sobre a assistencia aos usuários de drogas, desconsideração sobre o Blog da Saúde mental.. expressivo meio de circular informações e conhecimentos em rede com diversos atores da assistencia como da população, e absurdos total sobre a censura ao livro/trabalho de Antonio Nery, respeitado profissional da Saúde mental. A quem interessa esse sensacionalismo?? Solidariedade total aos companheiros de trabalho,Mara Faget.

    ResponderExcluir
  6. Caríssimos,

    Gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre o texto jornalístico medíocre publicado hoje.

    A notícia foi publicada no DIA, considerando que a média dos leitores não perceberá como o jornalista escreveu a matéria tendenciosa e parcialmente, também a maioria não terá o trabalho de ler na íntegra o livro: "Toxicomanias incidências clínicas e socioantropológicas" (http://adqrbrasil.com/Toxicomanias_livro%20_atonio%20Nery%20filho.pdf) que é um texto acadêmico e que como todo texto verdadeiramente acadêmico tem uma preocupação em questionar os problemas a partir do contexto revelando as possibilidades e perspectivas de abordagem. Não é um texto de apologia ao uso de drogas, mas revela alternativas para o debate das toxicomanias. Um dos capítulos, dentre vários do livro, refere-se a "Regulamentação do porte, cultivo e distribuição não-comercial de cannabis sativa: um paradigma legal de redução de danos", o que a reportagem de O DIA faz é citar partes do texto para gerar alvoroço e reações públicas de repudio à legalização das drogas, mas não é esse o tópico fundamental do texto que trata de questões muito mais profundas relacionadas à redução de danos; recomendo aos colegas que leiam o Capítulo do livro para entender, não fiquem com a parcialidade e mediocridade jornalística, não se alienem entregando suas mentes à manipulação ideológica da Igreja, da bancada evangélica, dos políticos donos de clínicas particulares de reabilitação financiadas pelo Governo que desejam destruir o sistema público de saúde, estes são sem dúvida os fomentadores da publicação em primeira página que só rendeu internamente a página 10 do jornal. O mesmo se dá com a citação do Santo Daime, uma redução do texto acadêmico.

    Manifestem a indignação contra a manipulação da informação, contra a falta de compromisso com a verdade dos fatos, contra as formas de alienação do Estado, da Igreja, dos que deveriam dar autonomia de ação e pensamento, mas na verdade controlam, induzem para dominar e acumular riquezas. É possível inverter o efeito manipulador e mediocrizante do texto jornalístico, um texto jornalístico feito por jornalistas preocupados com a reflexão, objetividade, com ausência de juízo de valor e a dialética dos acontecimentos nunca produziria uma notícia pífia.

    No fim das contas a discussão não é sobre liberar ou não a "maconha" para uso medicinal, mas sim saber quem tem PODER sobre o outro, quer dizer, quem PODE mais e CONTROLA esse país e quem NÃO PODE dizer a verdade científica, acadêmica, antropológica... confrontando a farsa e a hipocrisia dos PODERES BRASÍLICOS.

    Saudações,

    Celso Garcia Ramalho
    Prof. Dr. da Escola de Música da UFRJ

    ResponderExcluir
  7. Repúdio à matéria de capa do jornal O Dia de hoje, que tenta transformar material acadêmico para pesquisa em formas de se fazer apologia às drogas. NÃO SE TRATA DISSO. Mas vivemos em um país livre, até segunda ordem, aonde escrever e pesquisar sobre drogas AINDA não foi proibido.
    Vamos compartilhar repúdio a esta matéria.E que o blog da saúde mental seja bastante visitado hoje, para divulgar o belíssimo trabalho que todos nós, trabalhadores da saúde mental, temos feito.

    Cordialmente,

    Aline de Alvarenga Coelho
    Coordenadora Técnica do Capsi Pequeno Hans

    ResponderExcluir
  8. Gostaria de expressar minha indignação com a matéria do Jornal O Dia que estranhamente as vésperas de Olimpiadas e Copa passa a se interessar pelas políticas públicas de atenção aos usuários de alcool e drogas no Municipio do Rio. Como todo jornal popular e sensacionalista mostra total desconhecimento do trabalho da Coordenação de Saúde Mental e dos trabalhadores dos CAPS na atenção aos usuários, apesar do enfrentamento diário da escassez de recursos e da politicagem que envolve as estratégias de Saúde.
    Peço respeito ao livro de Neri que, ao menos, ao contrário dos jornalistas e editores do jornal O Dia, possui profundo conhecimento sobre a temática em questão.

    Maíra Novoa

    ResponderExcluir
  9. Perdemos a guerra contras as drogas não a esperança de viver

    Prezadas(os),

    Tem coisas que são tão abomináveis que não dá para a gente se calar. Essa matéria além de criar sensacionalismo barato e tentar criminalizar os trabalhadores de saúde mental do município tem erros factuais gravíssimos e omissões em todas as citações, jornalismo totalmente preguiçoso.

    Observem o que afirma a matéria de O DIA:

    Na página 248 da publicação, Antônio Nery Filho e mais três autores Edward MacRae, Luiz Alberto Tavares, Marlize Rêgo , defendem a liberação e a regulamentação do porte, cultivo e distribuição não comercial de cannabis sativa (maconha). Uma outra dimensão do plantio, cultivo, semeio e colheita pode ser vislumbrada, não como ato não permitido, mas como efetivo e eficaz mecanismo de redução de danos, diz o texto.

    Na mesma página os escritores justificam: Permitindo ao usuário produzir a droga que consome, o Estado estaria contribuindo com a não inserção (do viciado) no mundo da violência e do tráfico, e em face da segurança e integridade física e emocional, como sua própria saúde.
    E não para por aí. O Dia consegue errar quase tudo neste panfleto de má-fé. O jornalista Francisco Edson Alves escreve:

    Já na página 248, uma dica inusitada e perigosa: ... 100 gramas de maconha podem ser considerados uma quantidade razoável para um usuário diário.

    Só que isso não está na página indicada pelo jornalista - acho que ele só leu a página 248 - e sim na página 251 e que foi pinçada no meio do seguinte parágrafo:

    A natureza e a quantidade são critérios que devem ser pontuados
    conjuntamente, pois, a segunda está, essencialmente,
    atrelada à especificidade de cada substância. Assim, por exemplo,
    100 gramas de cannabis (maconha) poderá ser considerado
    uma quantidade razoável para um usuário diário desta subst
    ância, o mesmo não podendo ser dito em face da cocaína ou
    heroína, cuja quantidade necessária para se obter o resultado
    esperado, bem como o seu nível de tolerância, é muito menor do
    que o da cannabis. A quantidade só será exorbitante, portanto,
    em face da natureza da substância em particular. (LINS, 248)

    O jornalista omite o contexto para fazer sensacionalismo como se a autora estivesse recomendando o uso de 100 gramas diárias de cannabis. Quando ela está exemplificando a sua argumentação.
    O jornalista que escreveu isso foi totalmente irresponsável, do mesmo jeito que foi igualmente irresponsável quem plantou essa matéria no jornal. Tentaram pichar publicamente e de modo tosco autores conhecidos e respeitados internacionalmente. Como diz a Maria Lúcia Karam isso deve ser fruto de "uma razão entorpecida".



    Abraços, Rafael

    ResponderExcluir
  10. É dever das mentes esclarecidas não deixar que um trabalho de suma importância abordando saúde pública e toxicologia com seriedade passe em vão. Manter a divulgação do livro "Toxicomanias incidências clínicas e socioantropológicas" é manter compromisso com a verdade de maneira respeitosa com um trabalho árduo de pesquisa/estudo ACADÊMICO. Não deixe a informação honesta e séria ficar para trás. LINK NA WEB PARA O TEXTO: adqrbrasil.com/Toxicomanias_livro%20_atonio%20Nery%20filho.pdf

    ABAIXO A CENSURA!

    HUGO MAURICIO DE ABREU - RIO DE JANEIRO/RJ

    ResponderExcluir
  11. A CSM do Rio de Janeiro vem desenvolvendo um trabalho sério, honesto, cuidadoso, no atendimento à questão das drogas que assola a nossa população. A serviço de quem o jornal O Dia está, quando publica uma reportagem sensacionalista em que trechos arrancados ao léu de um livro acadêmico são usados em acusações levianas? Lamento que o livro em questão tenha sido retirado do Blog! O que é necessário é mantê-lo no Blog, sugerir sua leitura a todos que queiram levar a sério a questão das drogas e do atendimento à População! Reitero o meu apoio ao trabalho da CSM. Maria Sílvia Elia Galvão- supervisora clínica do CAPS Fernando Diniz/ Assessora da CAP5.1 para Saúde Mental

    ResponderExcluir
  12. Não tem como não se indignar com uma matéria rasa, que óbviamente visa desinformação da população. Todos tem o direito de expressão, mas não se deve dizer sobre algo que não é sabido, em especial em meio de comunicação de massa!
    Espero que o jornal "O Dia", após conhecer o trabalho da Saúde Mental, e ao que me parece, saber melhor sobre o conteúdo do livro, possa se retratar publicamente, reconhecendo o quanto estão sendo irresponsáveis ao publicarem tal absurdo.
    Presto aqui total solidariadade a Coordenação de Saúde Mental!

    Luciana Soares de Medeiros

    ResponderExcluir
  13. Diante de toda essa espúria e vergonhosa exploração pseudo-jornalística de uma pesquisa científica, com evidente propósito político (de baixo nível) e eleitoreiro, eu gostaria de saber o motivo pelo qual as autoridades municipais do Rio de Janeiro não interpelam o Jornal O DIA por um comportamento jornalístico tão deplorável em vez de interpelar o próprio BLOG, operado por sua equipe, a equipe de profissionais que trabalha com ele na Área de Saúde Mental? Um BLOG sério e que vise à promoção do espírito crítico de profissionais e usuários pode e deve inserir matérias e publicações capazes de promover um debate democrático sobre tema tão relevante - o uso de drogas no Brasil - e não adotar uma prática de censura obscurantista, própria aos regimes totalitários. As autoridades públicas de nosso município, a começar pelo Prefeito, deveriam garantir o direito ao debate e
    corajosamente manter a referência à publicação no BLOG, em vez de ordenar sua retirada e "abrir investigação para apurar responsabilidades sobre a publicação da obra". A propósito, a quem pertence este jornal? Que interesses há por trás dessa "reportagem"? Por que o prefeito Eduardo Paes submete-se assim a um jornal que age de forma tão torpe, ao invés de defender sua equipe técnica, sua prefeitura, seu blog? Por que consentir nesta postura falso-moralista que não quer enfrentar a questão das drogas de modo politicamente maduro e eficaz?

    ResponderExcluir
  14. A Coordenação de Saúde Mental está de parabéns pelo trabalho de desospitalização, pela forma de conduzir o atendimento aos usuários de drogas e ao ótimo nível de seu blog, uma ferramenta de informação aos interessados e que presta conta de suas ações com transparência. Jamais fez apologia da maconha ou de outras drogas. Saúde não se vende, loucura não se prende!!! Mais respeito!!
    Maria Helena Zamora

    ResponderExcluir
  15. Venho me juntar em apoio e solidariedade aos profissionais da Coordenação de Saúde Mental. O jornal O Dia, de forma irresponsável difama o trabalho sério e consequente de toda uma equipe, com afirmações caluniosas e despropositadas sobre a direção de tratamento dos CAPS e também da excelente publicação do CETAD, coordenada pelo Dr. Antônio Neri, respeitado pesquisador. Que os equívocos possam ser desfeitos junto à população e que o Jornal tenha que se retratar!

    Júnia Prosdocimi

    ResponderExcluir
  16. A reportagem redigida pelo Sr. Francisco Edson Alves serve não apenas ao propósito, quase uníssono na mídia corrente, de fazer alarmismo da maneira mais rasa, rápida e desinformada sobre o uso das drogas. Este senhor tem uma clara intenção de desqualificar levianamente um trabalho que a Coordenação de Saúde Mental do Município do Rio de Janeiro vem desenvolvendo e implementando com a ajuda de profissionais sérios, competentes, engajados e totalmente comprometidos com os ideais da Reforma Psiquiátrica Brasileira - que conta já com mais de 30 anos de sólidas ações e conquistas - e com as diretrizes do Ministério da Saúde.
    A quê, ou, a quem serve uma matéria desta qualidade?
    E, por que dar consistência a ela, retirando do blog uma publicação, esta sim consistente, acadêmica, que se presta a informar e a abrir para o debate sobre uma questão, tão importante para a saúde quanto para a política, como o uso das drogas?

    ResponderExcluir
  17. Em tempos de algumas, poucas é verdade, mas significativas vitórias antimanicomiais, como o avanço da desinstitucionalização na cidade do Rio de Janeiro, nos deparamos com mais um capítulo de pensamentos retrógados sobre temas polêmicos.

    18 de maio - Dia Nacional da Luta Antimanicomial , que gestores, sociedade civil lutem pela rede substitutiva em saúde mental. Precisamos avançar nesta proposta de política pública aprovada em conferências nacionais para responder com dignidade e respeito às pessoas que precisam de assistência às suas necessidades, dentre elas aquelas que fazem uso crônico de drogas legais e ilegais.

    Em defesa deste Blog da Saúde Mental - da sua liberdade de expressão em consonância com os princípios e diretrizes das políticas públicas construídas democraticamente ao longo de décadas.

    Agradecimento a todos profissionais do município do rio de janeiro que acreditam no SUS, na reforma psiquiátrica antimanicomial, na politica de redução de danos, e fazem deles seu mote de trabalho, sua ética na lida com cidadãos, apesar de todas as dificuldades vividas no cotidiano em função da frágil ou ausência de reconhecimento por parte dos gestores da cidade.

    ResponderExcluir

Comentários: